”No mundo inteiro, cerca de meio bilhão de pessoas (quase 8% da população mundial) apresenta perda de audição. Mais do que 10% das pessoas nos Estados Unidos apresenta algum grau de perda auditiva que afeta sua comunicação diária, tornando este o distúrbio sensorial mais comum. A incidência aumenta com a idade. Embora menos de 2% das crianças com menos de 18 anos tenham perda auditiva permanente, a perda auditiva em bebês e na primeira infância pode ser prejudicial ao desenvolvimento social e da linguagem. Mais de um terço das pessoas acima dos 65 anos e mais da metade das pessoas acima de 75 anos são afetadas”.

Quais os sintomas da perda auditiva?

A perda de audição afeta grande parte da sociedade como vimos no trecho acima, essa incidência pode ocorrer de forma genética, quando a criança já nasce com essa condição, – não existe uma comprovação científica do que pode causar a surdez durante a gestação, ou pode herdar dos pais -, e no decorrer da vida, podendo ser causadas por diversos motivos.

​O acúmulo de cera, doenças cardiovasculares, tinnitus (zumbidos), otite etc., são problemas que afetam o nível da audição, levando à surdez definitiva em alguns casos.

No parágrafo a seguir, vamos mostrar a você os tipos mais comuns de problemas de audição e que acabam levando à surdez durante a vida adulta.

7 problemas de audição mais comuns

As informações abaixo foram retiradas do site ”Comunicare Aparelhos Auditivos”, contendo as informações sobre quais são as 7 doenças auditivas que podem levar à perda de audição parcial e até mesmo definitiva e explicando cada uma delas:

1. Otite

A otite é uma infecção no ouvido médio (espaço com ar e que fica atrás do tímpano). Ela costuma ser dolorosa por conta da inflamação e do acúmulo de secreção nesta região. É causada por vírus ou bactérias e pode afetar um ou os dois ouvidos.

Geralmente, as crianças são as mais afetadas em razão da menor imunidade e do posicionamento das estruturas anatômicas relacionadas à audição. No entanto, qualquer pessoa está propensa a essa enfermidade. Ela causa dores, vermelhidão, inchaço e dificuldade auditiva.

Embora seja facilmente tratada, a otite pode se tornar crônica e levar à perda auditiva. Em casos extremos, é recomendada a cirurgia que drena o líquido e melhora consideravelmente a audição do paciente.

2. Doença de Ménière

Ela está relacionada a uma falha  no sistema linfático, portanto, no mecanismo que regula a produção, circulação e/ou absorção do líquido do ouvido interno, impedindo que a drenagem ocorra corretamente… dessa forma, pode ocasionar infecções e alergias que danificam o órgão.

Os sintomas são perda auditiva, pressão, inchaço e zumbido. Se não tratada, a condição afeta até mesmo o equilíbrio do paciente, levando a queixas de vertigem e náuseas.

3. Otosclerose

É uma doença que provoca a reabsorção e crescimento anormal de tecido ósseo, isso impede a movimentação dos ossículos da audição e interfere na condução desse som para a orelha interna… dessa forma, por impedir que as estruturas funcionem adequadamente, há interferência na capacidade de ouvir.

Embora seja uma enfermidade hereditária, há relatos de casos de pacientes que não têm histórico da otosclerose na família. Dependendo do caso, o tratamento poderá ser cirúrgico ou com aparelho auditivo.

4. Tinnitus

O tinnitus nada mais é do que um zumbido persistente que nada tem a ver com alterações psíquicas. Ele pode ser na cabeça, em um ou nos dois ouvidos.

O zumbido pode ser passageiro, como nos casos em que a pessoa fica muito tempo exposta ao som bem alto, como num show. Nesses casos, o indivíduo ouve o zumbido durante algumas horas e, após, ele passa.

Já no crônico, é como se o paciente ouvisse uma campainha, buzina, assobio, etc por 24 horas diárias, o que gera um grande incômodo. A causa primária e mais comum dessa doença é a perda auditiva, mas ela também pode ser causada por outros fatores, como drogas, outras comorbidades, estresse e lesões na cabeça. Os efeitos colaterais do zumbido incluem estresse, fadiga e depressão.

5. Ototoxicidade

Diversos medicamentos contêm substâncias que são tóxicas para os ouvidos, causando danos a eles. Os efeitos podem ser temporários ou permanentes, além de reversíveis ou irreversíveis.

A seguir, confira alguns exemplos de drogas com essa consequência:

Antibióticos aminoglicosídeos, diuréticos, arsênico, álcool, tabaco, chumbo, monóxido de carbono, mercúrio, aspirina, quinina, mostrada nitrogenada, canomicina, vancomicina, amicacina, gentamicina, neomicina.

Os sintomas podem ser vertigem, zumbido e perda da audição. Por isso, o médico avalia o risco e o benefício no uso do fármaco para o quadro de cada paciente. Vale lembrar que a dose, a duração do tratamento, a taxa de infusão, a susceptibilidade genética e os outros fatores influenciam na ototoxicidade de um medicamento.

6. Neuroma do acústico

Embora seja considerado um tumor, o neuroma do acústico (schwannoma vestibular) não é maligno, além de ser relativamente raro. A origem dele é no nervo vestibular, também conhecido como nervo do equilíbrio, localizado no ouvido interno.

Os sintomas variam entre zumbidos persistentes (tinnitus), vertigens e tonturas, dores de cabeça e visão dupla. Conforme o crescimento do tumor, há também problemas com a coordenação motora e até a perda auditiva. O tratamento é feito com a remoção cirúrgica do tumore caso a perda auditiva permaneça como sequela, o tratamento será com o aparelho auditivo.

7. Outras

Você sabia que algumas doenças que não têm relação direta com os ouvidos também podem causar a perda auditiva? Pois é isso mesmo! Muitas vezes, o paciente nem imagina que a enfermidade que ele tem é a causadora de problemas de audição.

Doenças cardiovasculares

O ouvido interno é muito sensível ao fluxo dos vasos sanguíneos. Por isso, qualquer alteração relacionada ao sistema cardiovascular afeta a saúde auditiva, já que podem ocorrer traumas nos pequenos vasos dessa área, causando danos ao órgão.

Hipertensão

A hipertensão é caracterizada pelo aumento da pressão sanguínea dentro dos vasos. Sendo assim, todo o corpo sofre com o impacto causado pelo fluxo do sangue na parede das veias, artérias e capilares, incluindo as do ouvido interno, e, assim, levando à perda da audição de maneira gradual.

Diabetes

A diabetes é uma doença que resulta em altos níveis de glicose no sangue. Essa condição, assim como a do tópico anterior, danifica os vasos sanguíneos, prejudicando o organismo como um todo, inclusive o ouvido interno, levando aos problemas de audição.

Osteoporose

A osteoporose é a desmineralização dos ossos que torna-os mais frágeis e afeta as suas funções. O ouvido médio contém 3 pequenos ossos que recebem as vibrações do tímpano, envia-as para a orelha interna que, por meio do nervo auditivo, leva a informação sonora para o cérebro. Dessa maneira, as alterações desses ossos também prejudicam a audição.

Existem outros elementos que acabam acarretando para uma perda de audição que está correlacionada ao envelhecimento do ser humano, infecções, acúmulo de ceras etc.

Um detalhe que não está relacionado a uma doença, mas que vem causando problemas de audição são os fones de ouvido. Já foi abordado em outro tema sobre os perigos que há no uso do fone de ouvido de forma exagerada, isto é, ouvindo as músicas num volume mais alto do que o recomendado e o tempo no qual ele fica no ouvido. Isso não só causa um problema de audição como leva a pessoa a ter graves consequências no futuro como a perda parcial e até mesmo definitiva.

Quando há perda de audição, seja ela parcial ou completa, é necessário consultar um otorrino. Em muitos casos, os pacientes necessitam de um aparelho auditivo para auxiliar o ouvido a reproduzir parte dos sons que foram prejudicados. Existe uma inovação chamado ”implante coclear”, um dispositivo de alto custo que recupera grande parte da audição dos pacientes.

Agora que você já sabe quais são as principais doenças que causam surdez, fica mais fácil adotar hábitos de prevenção, certo? Mantenha sua saúde sempre em dia com hábitos saudáveis. Faça consultas e exames periódicos e procure atendimento quando surgir qualquer sintoma.

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